quarta-feira, 9 de março de 2011

Hage diz que CGU faz o que está a seu alcance para combater corrupção

O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, afirmou que o órgão já está fazendo tudo ao seu alcance para combater a corrupção. “Estamos atuando em todas as áreas recomendadas no mundo todo: transparência, fiscalização e punição e combate à impunidade”, afirmou hoje (17) ao deixar o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.



Segundo o ministro, boa parte das irregularidades ocorre por falta de preparo dos gestores públicos. “Para uma boa parte dos gestores, o que falta é conhecimento, há uma falta de quadros técnicos capacitados com conhecimento mínimo da lei. Especialmente nos municípios menores onde encontramos com mais frequência esse tipo de problema”, disse Hage, ao citar a prática de sobrepreço. Hage falou ainda sobre os programas de capacitação feitos pela CGU em todos os níveis da administração, mas admitiu que são insuficientes. “Claro que não fazemos isso no volume e na frequência que seriam necessários.”



O chefe da CGU afirmou que o Brasil está bem colocado no ranking de incidência do pagamento de propina para agilização de serviço público. “Estamos na faixa de menos de 5% de pessoas que disseram que já foram submetidas a pagamento de propina, mesmo patamar dos Estados Unidos e do Canadá. A faixa da América Latina é de 25%”, disse Hage, se referindo a uma pesquisa da organização não governamental Transparência Internacional, divulgada em dezembro do ano passado.



O ministro também afirmou que o Brasil é referência na América Latina no quesito transparência. “Somente o Chile tem algumas leis mais modernas na área do acesso a informação pública. No Brasil um projeto semelhante ainda está no Congresso, passou pela Câmara e agora está no Senado”. Segundo Hage, o Brasil deverá levar à próxima assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, uma proposta para que todos os países promovam a abertura e a transparência da aplicação do dinheiro público.

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