segunda-feira, 21 de março de 2011

Marajó defende validação de diploma estrangeiro

A publicação no Diário Oficial da União (DOU) da portaria nº 278, instituindo o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, expedidos por universidades estrangeiras, pautou boa parte dos discursos dos prefeitos do Marajó, reunidos pela Federação das Associações de Municípios do Estado Pará (Famep), em Soure, no sábado, durante o último dos 12 seminários regionais para o Desenvolvimento Integrado.
Devido à distância geográfica da capital e demais cidades consideradas polos no Pará, os municípios do Marajó se ressentem da falta de políticas públicas nas mais diversas áreas, mas a saúde acaba ganhando destaque pela carência de oferta de serviços especializados. No segundo semestre do ano passado, o governo Ana Júlia inaugurou o Hospital Regional de Breves, mas até hoje não há médicos para atender a população.
Para amenizar a situação, muitos prefeitos revelaram que acabam contratando médicos com salários elevados para assegurar o atendimento. Em Chaves, um médico ganha R$ 18 mil por 15 dias de serviço, informou o prefeito Benjamin Neto. Em Cachoeira do Arari, o prefeito Jaime Barbosa relatou que chega a pagar R$ 30 mil por 25 dias de trabalho para um profissional da Medicina.
“A revalidação dos diplomas dos estrangeiros é uma alternativa para o Marajó, que poderá contratar esses profissionais. Fomos nós que levantamos essa bandeira, que agora se estenderá por todo o Brasil. Isso demonstra que a nossa união nos torna mais fortes. E estes seminários também possibilitam isto”, relatou o prefeito de Portel, Pedro Barbosa, presidente da Amam e conselheiro da Famep.
“São por essas peculiaridades da região marajoara que sugiro ao governo do Estado que crie uma secretaria especial para cuidar das políticas públicas locais. O Marajó precisa desse olhar diferenciado por parte das autoridades do Estado e Federal”, afirmou o presidente da Famep, prefeito Helder Barbalho, ganhando a aprovação dos presentes.
Para a deputada federal Elcione Barbalho, que prestigiou o evento, a ideia da secretaria especial é bem-vinda. “No Marajó, as BRs são os nossos rios. E o governo federal precisa saber que o quê serve para o Sul e Sudeste do país nem sempre serve para a Amazônia, daí a necessidade de políticas diferenciadas”, afirmou a parlamentar.
Em Soure, estavam presentes, ainda, os prefeitos João Melo, anfitrião, e Marcelo Pamplona, de Santa Cruz do Arari, além dos deputados estaduais Eliel Faustino e Nilma Lima. (Diário do Pará)

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