CNM

A estimativas de redução da previsão das receitas liquidas é de R$ 18 bilhões. O Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), arrecadações que compõem o FPM, tiveram quedas de R$ 3,1 bilhões e R$ 3,9 bilhões, respectivamente. Se essa redução de receita se concretizar, o FPM será reduzido em, aproximadamente R$ 1,4 bilhões do que estava orçado pera este ano, o equivalente a R$ 69,9 bilhões.
O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, lembra que todos os gestores municipais montaram seus orçamentos com base no valor fixado para o FPM. “Qualquer redução vai causar mais problemas para as já debilitadas finanças dos municípios“, adianta.
Além desta redução de receita, outra preocupação diz respeito aos restos a pagar processados e não processados, conforme a CNM divulgou no fim de janeiro. O governo federal tinha com um montante de restos a pagar de R$ 128 bilhões – R$ 28 bilhões eram destinados somente aos Municípios.

O presidente da CNM lembra que os restos a pagar processados são destinados a obras que estão em andamento, ou seja, são compromissos já assumidos pelos municípios com seus fornecedores e estao em execução, os quais por uma questão de tempo foram inscritas em restos a pagar processados. “Isso causa grande preocupação aos gestores municipais, pois eles assumiram compromissos com seus fornecedores e com suas comunidades”, ressalta.
Em outra tabela, a CNM indica que os limites definidos são maiores que os restos a pagar destinados somente aos Municipios. “Mas não existe nenhuma garantia que estes valores aos municípios serão honrados integralmente, pois existem restos a pagar para Estados e para ONGs e entidades da sociedade civil”, esclarece Ziulkoski.
O corte maior foi nos restos a pagar não processados, ou seja, aqueles que já foram empenhados mas ainda não foram liquidados ou não iniciados. Ziulkoski acentua que todos também são muito importantes para os Municípios, pois já foram anunciados em suas comunidades e os trâmites estão sendo realizados, como licitações, contratos, projetos básicos, projetos executivos e demais documentos necessários para a efetivação das obras.

Paulo Ziulkoski espera que o governo não cancele os restos a pagar que são destinados aos Municípios. “Estes recursos são compromissos já assumidos pelos gestores com suas comunidades e envolvem obras importantes já aprovadas em orçamentos anteriores ao de 2011, com a apresentação dos projetos e todos os documentos exigidos pelos órgãos concedentes aos Municípios”, conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário