domingo, 10 de abril de 2011

Pará tem 11 mil presos e 6,5 mil vagas

DÉFICIT - Em junho, começa a construção de 12 novas unidades prisionais no Estado
Dilson Pimentel - Da Redação
população carcerária no Pará cresceu aproximadamente 43% nos últimos quatro anos. Em 2007, havia sete mil presidiários sob a guarda da Superintendência do Sistema Penal (Susipe). Atualmente, são dez mil encarcerados, mas esse número supera os 11 mil, se forem incluídos os detentos que estão nas delegacias da Polícia Civil.
Por outro lado, o déficit de vagas nas unidades da Susipe é de 55%, que sobe para quase 80% se incluídos os presos custodiados pela Polícia Civil. Superintendente da Susipe, o major Francisco Bernardes diz que o aumento do número de presos evolui conforme o crescimento da população brasileira e nos índices de criminalidade. O número de presos, explica o major, é resultado do combate mais efetivo ao crime. 'Hoje esse trabalho é totalmente integrado, o que permite que tenhamos uma resposta mais rápida e um maior número de prisões', disse. O superintendente da Susipe adverte para o fato de que não houve criação de vagas no sistema penal. 'Isso faz com que, hoje, tenhamos presídios superlotados, uma vez que a demanda é maior que a oferta de vagas'.
Há apenas 6.500 vagas nas 37 unidades prisionais da Susipe no Pará (são 19 casas penais na Região Metropolitana de Belém e 18 no interior). Na gestão passada foram construídas as seguintes unidades: Espaço Primavera, no Centro de Recuperação Feminino (CRF), para abrigar as mulheres que, até então, ficavam em celas contêineres; CTM 1 (Central de Triagem Metropolitana), em Americano; um pavilhão no CRPP 1 (Centro de Recuperação Penitenciário do Pará); e um anexo na Central de Triagem da Cidade Nova. O CTM 1, em Americano, tinha 450 vagas, que foram destinadas aos presos das delegacias. O pavilhão no CRPP 1 e o anexo na Central de Triagem da Cidade Nova também receberam os presos custodiados pela Polícia Civil. As vagas foram preenchidas por presos que já estavam encarcerados.
Outro aspecto apontado pelo titular da Susipe diz respeito ao perfil do preso que está chegando ao sistema penal. Segundo ele, dois terços da população carcerária masculina (6, 6 mil detentos) têm entre 18 e 29 anos (porcentual que chega a quase 50% entre as mulheres nas unidades da Susipe

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