terça-feira, 27 de setembro de 2011

O PECADO ORIGINAL DO BRASIL: A CORRUPÇÃO


Em nove meses de governação a presidente Dilma Rousseff perde o seu quinto ministro, por alegada corrupção. O ministro brasileiro do Turismo, Pedro Novais, demitiu-se devido à utilização de dinheiros públicos, para pagar a empregados domésticos. Os ministros da Agricultura, Defesa, Transportes e Relações Institucionais, também caíram, por suspeitas de práticas de corrupção.
Hoje, a sociedade brasileira debate se estas demissões constituem uma limpeza no governo, operada por Dilma, ou pelo contrário representam a fragilidade da sua administração.
É com alguma tristeza, que constato que a corrupção no Brasil é endémica, ou seja, ela faz parte do sistema político, da sua arquitectura, da forma como os três poderes se correlacionam. Este é o pecado original do Brasil, isto é, algumas franjas da sociedade servem-se dos dinheiros públicos. Serve-se o ministro, serve-se o governador, serve-se o deputado, serve-se o procurador, serve-se o polícia, serve-se o escrivão, serve-se o cunhado, e quase “todo o mundo” acaba por servir-se da coisa pública.
Dilma tem nas mãos um país que é o maior exportador mundial de ferro, carne, frango, açúcar, café e muito brevemente será um dos principais exportadores de petróleo. Actualmente, o Brasil está a ser invadido rapidamente por fluxos de capitais, que fez do real, uma das moedas mais supervalorizadas do mundo.
O custo de vida, a habitação, o aluguer de escritórios e os ordenados de gestores, em São Paulo e no Rio de Janeiro são mais elevados do que em Nova
York. O real muito valorizado faz temer o pior, ou seja, o Brasil perder mercado no exterior, aumento da inflação, aparecimento de bolhas de especulação financeira, o aparecimento de instabilidade social e o aumento da corrupção.
O capital que invade rapidamente um país, também pode abandoná-lo a mesma velocidade. Temo que o futuro que acaba de chegar seja breve. Está nas mãos dos governantes brasileiros não deixar fugir o futuro, e para isso a luta contra a corrupção deve ser um desígnio nacional.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

PF cumpre mandado de prisão contra prefeito por desvios em AL


Do G1, em São Paulo
A Polícia Federal realiza nesta terça-feira (20) uma operação conjunta o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União com o objetivo de desarticular um esquema de desvio de recursos federais na prefeitura de Traipu, em Alagoas. Segundo a CGU, o esquema envolveria o prefeito e a primeira-dama do município, além de dois secretários, um ex-secretário municipal.

Até a manhã desta terça-feira, o G1 não havia conseguido contato com a assessoria de imprensa do município para comentar a operação.
Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 8 mandados de prisão preventiva, entre eles contra o prefeito, a primeira-dama e os secretários. Também foi decretada a prisão temporária do tesoureiro do município, diz a CGU.
As fiscalizações feitas pela CGU apontaram indícios de desvios de R$ 8,2 milhões de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Programa de Transporte Escolar no município entre 2007 a 2010.

Dentre as irregularidades constatadas há a existência de indícios de licitações simuladas, de pagamentos por serviços não realizados, de montagem e simulação de prestações de contas e de aquisições de materiais ou serviços não contemplados pelos programas examinados.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

NOVA DESCOBERTA NA AMAZONIA EM PORTEL ESTA INCLUIDO

Rio de 6 mil km é descoberto embaixo do Rio Amazonas

Descoberta foi feita graças a dados de poços perfurados pela Petrobras. Rio corre a 4 mil metros de profundidade

Pesquisadores do Observatório Nacional (ON) encontraram evidências de um rio subterrâneo de 6 mil quilômetros de extensão que corre embaixo do Rio Amazonas, a uma profundidade de 4 mil metros. Os dois cursos d’água têm o mesmo sentido de fluxo - de oeste para leste -, mas se comportam de forma diferente.

A descoberta foi possível graças aos dados de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980, na região amazônica. A estatal procurava petróleo.


Fluidos que se movimentam por meios porosos - como a água que corre por dentro dos sedimentos sob a Bacia Amazônica - costumam produzir sutis variações de temperatura. Com a informação térmica fornecida pela Petrobras, os cientistas Valiya Hamza, da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional, e a professora Elizabeth Tavares Pimentel, da Universidade Federal do Amazonas, identificaram a movimentação de águas subterrâneas em profundidades de até 4 mil metros.

O dados do doutorado de Elizabeth, sob orientação de Hamza, foram apresentados na semana passada no 12.º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica, no Rio. Em homenagem ao orientador, um pesquisador indiano que vive no Brasil desde 1974, os cientistas batizaram o fluxo subterrâneo de Rio Hamza.

Características
A vazão média do Rio Amazonas é estimada em 133 mil metros cúbicos de água por segundo (m3/s). O fluxo subterrâneo contém apenas 2% desse volume com uma vazão de 3 mil m3/s - maior que a do Rio São Francisco, que corta Minas e o Nordeste e beneficia 13 milhões de pessoas, de 2,7 mil m3/s. Para se ter uma ideia da força do Hamza, quando a calha do Rio Tietê, em São Paulo, está cheia, a vazão alcança pouco mais de 1 mil m3/s.
As diferenças entre o Amazonas e o Hamza também são significativas quando se compara a largura e a velocidade do curso d’água dos dois rios. Enquanto as margens do Amazonas distam de 1 a 100 quilômetros, a largura do rio subterrâneo varia de 200 a 400 quilômetros. Por outro lado, a s águas do Amazonas correm de 0,1 a 2 metros por segundo, dependendo do local. Embaixo da terra, a velocidade é muito menor: de 10 a 100 metros por ano.

Há uma explicação simples para a lentidão subterrânea. Na superfície, a água movimenta-se sobre a calha do rio, como um líquido que escorre sobre a superfície. Nas profundezas, não há um túnel por onde a água possa correr. Ela vence pouco a pouco a resistência de sedimentos que atuam como uma gigantesca esponja: o líquido caminha pelos poros da rocha rumo ao mar. 

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Microregião Portel - IBGE 2011 Resumo: 4 Municípios


Dados Gerais
População (Censo 2010)
129.870
Quantidade de Municípios
4

Assistência Social (Caixa)
Ações
Beneficiários
Repasse do mês jul/11
Repasse acum. até jul/11
BPC (incluindo RMV)
828
Idosos
451.260,00
3.116.380,00
433
PCD
235.985,00
1.575.970,00
                    Total BPC/RMV
1.261Idosos/PCD
687.245,00
4.692.350,00
Ações
Beneficiários/Metas
Repasse do mês jul/11
Repasse acum. até jul/11
CRASPAIF - Serviços de Proteção Social Básica à Família3.300Capacidade de Atendimento das Famílias
29.700,00
207.900,00
Número de CRAS: 5     Cofinanciados: 5
Serviço de Convivência do Idoso e/ou Criança até 6 anos7.690Crianças e/ou Idosos e Suas Famílias
13.842,00
96.894,00
ProJovem Adolescente
36
Coletivos
34.860,75
296.472,00
900Vagas
                     Total Proteção Social Básica
78.402,75
601.266,00
Ações Socioeducativas e de Convivência - PETI710Crianças e Adolescentes
18.000,00
125.000,00
CREASPAEFIServiço de Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos - PAEFI e Serviço de Abordagem Social150Famílias/Indivíduos Atendidos
9.000,00
58.500,00
Número de CREAS: 3     Cofinanciados: 3
                     Total Proteção Social Especial
27.000,00
183.500,00
Total
792.647,75
5.477.116,00


Transferência de Renda
ProgramaFamíliasRepasse do mês jul/11Repasse acum. até jul/11
Bolsa Família
12.119
1.741.746,00
13.017.137,00
Total    
12.119
1.741.746,00
13.017.137,00
  Referência do mês jun/11
Cadastro ÚnicoTotal de Famílias Cadastradas 16.474
Total de Cadastros Válidos -
Total de Cadastros Atualizados -
Total de Famílias Cadastradas com renda per capita mensal de até 1/2 salário mínimo 16.304
Total de Cadastros Válidos com renda per capita mensal de até 1/2 salário mínimo -
Total de Cadastros Atualizados com renda per capita mensal de até 1/2 salário mínimo -
Total de Famílias Cadastradas com renda per capita mensal de até R$ 140,00 15.751
 Referência/Repasse mês out/10Repasse acum. até out/10
IGDMRecursos Transferidos para Apoio à Gestão14.661,67226.410,33

       Legenda
-
Não disponível.
¬
Não se aplica aos critérios do programa/ação ou não se candidatou ao edital ou não foi selecionado.

Informe 1° Consocial Pará - N° 001 / 2011


1° Consocial ParáA 1ª Consocial é um evento de iniciativa da Controladoria Geral da União, que visa arregimentar membros da sociedade civil, do poder público e dos conselhos de políticas públicas com representatividade suficiente para propor diretrizes para o exercício da transparência e controle social das ações governamentais.
No Pará, a Auditoria Geral do Estado ratifica que todas as ações concernentes à 1ª Consocial no Estado do Pará estão sendo adotadas de acordo com o cronograma estabelecido.
Certificamos, então, que o cronograma da 1ª Consocial Pará está em plena normalidade e as atividades vêm acontecendo no ritmo adequado à consecução do resultado pretendido, uma vez que, dentre as ações realizadas, podemos mencionar as seguintes:
1.   Convocação tempestiva da Conferência, por meio do Decreto Estadual de 09 de junho de 2011:  fato importante já que alguns Estados não o fizeram no período determinado pelo Regimento Interno da Consocial Nacional;
2.  Proposição de parceria junto aos 143 municípios paraenses e à FAMEP:  foram expedidos ofícios tratando da importância da Conferência e com o intuito de arregimentar aliados interessados na concretização dos objetivos defendidos pela 1° Consocial Pará;
3. Participação do Coordenador Executivo da Comissão Organizadora Estadual da 1° Consocial Pará e representante da AGE, em evento de Capacitação no período de 08 a 11 de agosto de 2011, em Brasília, promovido pela Comissão Organizadora Nacional:  que divulgou e ministrou a metodologia do evento aos agentes designados pelos estados para função de multiplicadores junto aos municípios, ocasião em que os representantes estaduais apresentaram as dificuldades verificadas na execução do processo de realização da Conferência, destacando o ineditismo de sua edição e, de forma relevante, o exíguo prazo para a capacitação dos agentes municipais, já que o prazo para a convocação municipal era de 04/07/2011 a 02/09/2011 e de realização 25/07/2011 a 13/11/2011, todos inseridos no período da capacitação, quando a mesma deveria ser prévia.     Firmou-se o entendimento de que a estratégia de ação nacional necessitava de ajustes vitais para sua execução, considerando que as disparidades regionais em todo o território nacional não proporcionavam aplicabilidade imediata do modelo criado para a Conferência Nacional, no âmbito estadual e municipal, portanto requerendo ajustes na dinâmica dos procedimentos, bem como o redimensionamento de prazos para atingir o máximo da representatividade almejada para a Conferência, além do critério de proporcionalidade dos delegados;
4.  Participação do Auditor Geral, de dois gerentes e dois auditores de finanças e controle da AGE, no VII Encontro Nacional dos Órgãos de Controle Interno, no qual a Presidente da Comissão Organizadora Nacional da 1ª Consocial, Sra. Vânia Lúcia Ribeiro Vieira (Titular da Diretoria de Prevenção da Corrupção da CGU) ministrou a palestra “Consocial”, onde foram ratificados os problemas no encontro;
5. Elaboração de proposta de Regimento Interno Estadual com estabelecimento de critério de distribuição dos delegados municipais:     tornando factível (plenamente aplicável) a regra determinada pelo Regimento Interno Nacional. Coube à AGE, dessa forma, a tarefa de criar e propor um critério que pudesse ser aplicado à realidade do Estado do Pará, de forma que abrangesse a totalidade de seus municípios e garantisse a plena representatividade de todos;
6. Convocação de reunião ordinária, a ser realizar em 13.09.2011, da Comissão Organizadora Estadual da 1ª Consocial Pará:  constará da pauta informações acerca das ações já implementadas, diretrizes a serem abordadas nas reuniões técnicas vindouras e apreciação e aprovação da proposta de Regimento Interno Estadual submetida à análise de todos. 
Assim, diante das dificuldades expostas e atendendo solicitação dos representantes das Comissões Organizadoras Estaduais (COEs), a Comissão Nacional redimensionou os prazos das etapas municipais, conforme divulgado no site da CGU, conferindo maior possibilidade de realização às etapas necessárias, como se pode verificar:
•    Convocação das conferências municipais exclusivamente pelo governo - até 90 dias antes da etapa estadual.
•    Convocação das conferências municipais pela sociedade - de 90 a 60 dias antes da etapa estadual.
•    Conferências municipais - de 25 de julho de 2011 até 30 dias antes da etapa estadual.
•    Conferências estaduais e distrital - de 14 de novembro de 2011 a 08 de abril de 2012.
Há de se registrar que o processo conferencial envolve uma gama diversificada de representantes do Poder Público, da Sociedade Civil, dos Conselhos de Políticas Públicas e demais Entes Colaboradores, impendendo esforços no sentido de sensibilizar os diversos envolvidos no desempenho das ações inerentes ao processo conferencial. 
Assessoria de Comunicação / AGE

AGE elabora decreto pela transparência das contas públicas


Consulta PúblicaNuma iniciativa inédita, a Auditoria Geral do Estado (AGE) publicou para consulta pública, em seu site, a nova proposta do Decreto Normativo para os convênios do governo. Com o objetivo de envolver a sociedade civil na construção do documento que vai regulamentar toda a prestação de contas dos recursos provenientes do Tesouro Estadual, a AGE oficializou a convocação da 1ª Conferência sobre Transparência e Participação Social no Estado, buscando a publicidade dos atos institucionais do governo.
Na prática, o órgão está determinando um prazo de 30 dias, a partir desta quarta-feira (30), para que a sociedade civil, organizações não-governamentais (ONGs), secretárias e órgãos das esferas do Poder Público e demais interessados possam sugerir e comentar os ajustes ao Decreto Estadual 2.637, de dezembro de 2010, que rege todos os convênios e termos de cooperação técnica feito pelo governo.
Segundo o auditor geral do Estado, Roberto Paulo Amoras, o decreto atual, publicado no fim da gestão passada, atualmente é inaplicável, especialmente em relação às datas de prazos estabelecidas entre os convênios firmados e sua prestação de contas. Por isso, explica, a AGE está se colocando à disposição da sociedade para construção de um novo documento, tendo em vista que será ele o principal regedor das prestações de contas de qualquer provento que saia do Tesouro Estadual, incluindo os firmados entre secretarias.
A íntegra da proposta de decreto está disponível no site www.age.pa.gov.br, no campo “consulta pública”. O prazo para os ajustes e contribuições é 30 de setembro deste ano.
Dani Franco - Secom
Acesse a Portaria N° 072, de 30 de agosto de 2011 (Diário Oficial N° 31989 de 31/08/2011)

AGE vai elaborar decreto pela transparência

Numa iniciativa inédita, a Auditoria Geral do Estado (AGE) publicou para consulta pública, em seu site, a nova proposta do Decreto Normativo para os convênios do governo. Com o objetivo de envolver a sociedade civil na construção do documento que vai regulamentar toda a prestação de contas dos recursos provenientes do Tesouro Estadual, a AGE oficializou a convocação da 1ª Conferência sobre Transparência e Participação Social no Estado, buscando a publicidade dos atos institucionais do governo.

Na prática, o órgão está determinando um prazo de 30 dias, a partir desta quarta-feira (30), para que a sociedade civil, organizações não-governamentais (ONGs), secretárias e órgãos das esferas do Poder Público e demais interessados possam sugerir e comentar os ajustes ao Decreto Estadual 2.637, de dezembro de 2010, que rege todos os convênios e termos de cooperação técnica feito pelo governo.

Segundo o auditor geral do Estado, Roberto Paulo Amoras, o decreto atual, publicado no fim da gestão passada, atualmente é inaplicável, especialmente em relação às datas de prazos estabelecidas entre os convênios firmados e sua prestação de contas. Por isso, explica, a AGE está se colocando à disposição da sociedade para construção de um novo documento, tendo em vista que será ele o principal regedor das prestações de contas de qualquer provento que saia do Tesouro Estadual, incluindo os firmados entre secretarias.

A íntegra da proposta de decreto está disponível no site www.age.pa.gov.br, no campo “consulta pública”. O prazo para os ajustes e contribuições é 30 de setembro deste ano. (Agência Pará)

Editorial: Transparência essencial



O Poder Legislativo, quando criticado, alega que é, dos três Poderes, o mais transparente.

Mas não é. Isso é um engano. É tão enganoso quanto argumento como o de que parlamentares, em tempos de pré-campanha eleitoral como a que vivemos agora, precisariam trabalhar apenas dois dias por semana.

Demonstração evidente de que o Poder Legislativo não é o mais transparente foi a edição de dezenas de atos secretos pelo Senado.

A descoberta dessa transgressão escandalosa só ocorreu no ano passado. Mas atos havia com edição datada de anos anteriores, numa evidência flagrante de que a publicidade restrita - ou mesmo inexistente - atendeu a interesses à margem da lei.

Para que o Legislativo seja de fato transparente, é indispensável compeli-lo, obrigá-lo. Da mesma forma como a força da lei é indispensável para obrigar os poderes Executivo e Judiciário a permitir um maior controle de seus gastos por parte da sociedade, que banca o funcionamento do serviço público.

Assim, deve ser ressaltada como positiva a aprovação, pela Câmara Municipal de Belém, de projeto de resolução que obriga a Casa a disponibilizar na internet os repasses recebidos e a forma como são aplicados, inclusive e principalmente quando os gastos se referem à remuneração dos prestadores de serviços que contratam com a administração pública.

Registre-se, todavia, que a Câmara não fez isso por iniciativa própria. Está compelida, está obrigada por lei, mais especificamente a Lei Complementar 131/2009.

Em vigor desde maio do ano passado, a lei estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e determina que sejam disponibiizadas, em tempo real, informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Um de seus dispositivos prevê que qualquer pessoa física ou jurídica terá acesso a informações referentes a 'todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado'.

Em relação aos repasses recebidos, deverão ser divulgadas para livre acesso informações sobre toda a receita das unidades gestoras, inclusive as referentes a recursos extraordinários.

O projeto de resolução aprovado pela Câmara Municipal vai além: prevê o detalhamento das atividades legislativas. Com isso, será possível acompanhar pela internet, por exemplo, o conteúdo de projetos em votação no plenário e os que ainda estão em análise nas comissões técnicas.

As informações das atividades legislativas serão atualizadas diariamente e vão gerar relatórios mensais. Quanto aos dados financeiros, que permitem saber como o dinheiro repassado à Câmara está sendo empregado, terão divulgação periódica, mas a resolução não define a periodicidade.

A transparência sempre é vantajosa para a sociedade. Aliás, a mesma lei complementar que obrigou a Câmara a expor em seu site os dados sobre seus gastos reforça que qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para denunciar ao respectivo Tribunal de Contas e ao órgão competente do Ministério Público o descumprimento das prescrições estabelecidas na própria legislação que orienta os órgãos públicos a divulgarem dados facilmente acessíveis a qualquer pessoa.

Leis como essa concorrem para que a sociedade se sinta diretamente responsável pelo controle dos gastos operados com o dinheiro que o próprio contribuinte desembolsa para manter o funcionamento de poderes como o Legislativo.

Lei da transparência é ignorada por 30 municípios


Dos 29 municípios paraenses com população acima de 50 mil pessoas e dos 11 com mais de 100 mil habitantes, apenas seis estão cumprindo verdadeiramente a Lei Complementar 131/2009, que prevê a transparência na administração pública através da publicação na internet de dados sobre a receita e despesa.
Desse total de 40 municípios paraenses que têm população variando de 50 mil a 100 mil habitantes, outros quatro disponibilizam dados sobre receita e despesa na internet, mas não de forma clara e acessível pela população. Ou seja, 30 municípios paraenses ignoram a lei e podem sofrer ações cíveis e penais por parte dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, com risco de ficarem impossibilitados de receberem transferências voluntárias.
Com o objetivo de alertar as prefeituras para o problema, o Tribunal de Contas dos Municípios, através de sua Diretoria de Apoio aos Municípios (DAM), realiza, amanhã, o Fórum Soluções Compartilhadas em Portais da Transparência, destinado a prefeitos, secretários e técnicos de planejamento, finanças e informática.
O TCM/PA vai, juntamente com o Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal, oferecer exemplos de boas práticas de portais que atendem os requisitos legais de transparência. O fórum será realizado na sede do TCM/PA em Belém.  (Diário do Pará)
Que nota você dá para esta notícia?