terça-feira, 21 de junho de 2011

Marajó é região mais pobre do Norte


BRASÍLIA
THIAGO VILARINS - Da Sucursal
A região do Carajás, que engloba os municípios mais ricos das regiões Norte e Nordeste do País, com PIB (Produto Interno Bruto) Per Capta de R$ 24.180, é o único lampejo de desenvolvimento paraense no Mapa da Distribuição Espacial da Renda no Brasil, elaborado pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon), do qual O Liberal teve acesso com exclusividade. O estudo dividiu o mapa do Pará em doze regiões para análise, considerando a polarização dos principais centros urbanos, e somente em uma delas, a renda per capta da população era um pouco superior a um terço do valor encontrado no Carajás.
Essa região é a denominada como Lago do Tucuruí, cuja cidade pólo é Tucuruí, com renda por pessoa de R$ 11.369. De acordo com o ranking levantado no Mapa, a segunda região com o maior PIB Per Capta do Pará, não fica nem entre as quinze primeiras entre os Nortistas (16ª). A região composta por Manaus e as cidades que ficam ao seu redor aparece como o segundo maior pólo de riqueza da região Norte, com renda por habitante de R$ 21.501. A terceira é no pólo de Vilhena, em Rondônia, com média de R$ 15.683. A região metropolitana de Belém só aparece em 27º na região Norte, com o PIB Per Capta de R$ 9.584. Na comparação com as demais capitais brasileiras, ela só fica à frente da RM de Teresina (PI) que registrou R$ 8.745,20.
Já na análise do ranking das dez áreas com as menores rendas individuais, o estado do Pará lidera com cinco regiões. No arquipélago do Marajó, o rendimento por pessoa é de apenas R$ 2.739, o mais baixo do país. O valor chega a ser quase nove vezes inferior a marca encontrada no Carajás. Em nenhum outro Estado a discrepância é tão espantosa. As áreas que cercam o município amazonense de Tabatinga aparecem com o pior cenário econômico da região Norte, seguido pelo pólo de Bragança. Ambos registraram PIB Per Capta de R$ 3.424 e R$ 3.439, respectivamente. Em seguida aparecem os pólos de Parintins (R$ 3.681) e São Gabriel da Cachoeira (R$ 3.913), no Amazonas, e de Itaituba (R$ 4.026) e Castanhal
(R$ 4.347), no Pará.

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